30 de jun. de 2012

Sobre o fim

Olhe bem nos meus olhos / Olhe bem pra você
A quem é que a gente engana com a nossa loucura?
De certo que a gente perdeu a noção do limite
(Oswaldo Montenegro)

"...e isso me apavora, o 'nunca mais'."
(Martha Medeiros em Fora de Mim)

"...medo de nunca mais viver o que vivi, sentir o que senti..."
(Martha Medeiros em Fora de Mim)

"É a pior morte, a do amor. Porque a morte de uma pessoa é o fim estabilizado, é o retorno para o nada, uma definição que ninguém questiona. A morte de um amor, ao contrário, é viva. O rompimento mantém todos respirando: eu, você, a dor, a saudade, a mágoa, o desprezo -tudo segue. E ao mesmo tempo não existe mais o que existia antes."
(Martha Medeiros em Fora de Mim)

"E quando acabou foi como se todas as janelas tivessem se fechado às três da tarde de um dia de sol. Foi como se a praia ficasse vazia. Foi como um programa de televisão que sai do ar e ninguém desliga o aparelho, fica ali o barulho a madrugada inteira, o chiado, a falta de imagem, uma luz incômoda no escuro."
(Martha Medeiros em Divã)

"Tenho uma vontade imensa de chorar. Chorar pelo que houve de bom entre nós, e pelo que houve de eterno. Chorar pelos olhares telepáticos que trocávamos, pelas mãos dadas no cinema, pelas imitações 
que ele fazia de mim e eu odiava, mas que era um sinal de que ele ainda me via. Chorar pelo primeiro beijo, na beira da praia, e pelo último, que talvez ainda não tenha sido dado. Chorar porque não o amomais, ele tampouco a mim,  dois adultos que decidiram seus destinos sem facadas, sem tiros e sem vulgaridade, choram por essa sensatez, esseracionalismo, essas cicatrizes que ficam mesmo assim, chorar pelo instante em que os dois, juntos, desligam-se da tomada e tudo fica escuro."
(Martha Medeiros em Divã)

"Vou sentir saudades. Nada pode levar o que compratilhamos..."
(Alain de Botton em Ensaios de Amor)

"Você me perguntou no terminal como eu poderia chorar e ainda ter certeza. Entenda, eu chorei porque sabia que não podia continuar, e ainda havia tanta coisa me prendendo a você. Eu percebo que não posso continuar a lhe negar o amor que você merece, mas que fiquei incapaz de lhe dar."
(Alain de Botton em Ensaios de Amor)

"...o fim da relação não será necessariamente o fim do amor."
(Alain de Botton em Ensaios de Amor)

"Oh, pedaço de mim / Oh, metade amputada de mim / Leva o que há de ti / Que a saudade dói latejada / É assim como uma fisgada / No membro que já perdi"
(Chico Buarque)


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